O meu melhor erro aconteceu em razão de insegurança e de falta de determinação.
Meu dia-a-dia estava vinculado a um ambiente desconfortável, acompanhado de desconfianças e decepções. Mas tentava me apegar a um dos poucos aspectos que eu imaginava fazia valer a pena: economia, no sentido de evitar gastos que me pareciam desnecessários.
Fiquei muito tempo sem agir para mudar de posição e a conta não saiu barata, principalmente quando vejo que perdi qualidade de vida, oportunidades e, o mais valioso, tempo.
Naquele ambiente acabei tomando determinada atitude que só deixou as coisas piores do que já estavam e esperei dos outros algo que nem eu tinha mais: tolerância.
Uma fase de gerenciamento de crise se seguiu até que notei que eu estava num ótimo momento para ir para um ambiente novo e leve, algo que eu imaginei só aconteceria em 02 ou 03 anos. Então, eu, querendo me livrar de um incomodo, fiz o maior e melhor investimento de minha vida! Pena que tive que tolerar o pior para criar coragem e determinação para agir. Pena que eu não soube sair dali de uma forma diferente.
Hoje vejo que poderia ter evitado os reveses de tal situação muito antes se eu tivesse (i) tido a percepção de que o cenário que se formava, e que não me agradava, não deveria ser tolerado e que eu deveria buscar alterativas para sair dali, mas eu me mantive numa situação passiva talvez numa posição de vítima, (ii) analisado os desdobramentos de errar e visto que eu poderia administrá-los.
Não é fácil para mim falar de meus erros, eu geralmente evito comentar e pensar muito a respeito. Contudo, o projeto “Meu Melhor Erro” foi um ótimo convite à reflexão e para digerir o que parece indigesto, mas é muito nutritivo!
Angelica Leite
Advogada na área civil consultiva, especializada em contratos e societário. Gosta de cinema, natureza, calor, cachorro, gato, comida vegetariana, vinho e música.